Centro Cultural de Capoeira Abolição Bela Aurora atende a 930 pessoasInstituição oferece aulas de capoeira, ballet, dança, informática, música e reforço escolar. Atualmente, casa precisa de materiais escolares

Jorge Júnior
Repórter
16/2/2011
capoeira

"Era um sonho que eu tinha desde criança. Eu abandonei os meus estudos para fazer capoeira", conta o mestre e fundador do Centro Cultural de Capoeira Abolição, Eurico Silva. O capoeirista lembra que chegou até a fazer promessa, se conseguisse entrar para a capoeira. "Prometi que ia dar aulas de graça."

Com o sonho realizado, Silva fundou em 2002, o Centro Cultural Abolição Bela Aurora, situado na rua Robson da Costa Magalhães, 9, no bairro Bela Aurora, que atende a cerca de 930 pessoas.

No início, a instituição oferecia cursos de capoeira e musculação, mas com o passar do tempo, foi necessário aumentar a oferta. "Atualmente, além dos cursos já oferecidos, temos aulas de ginástica localizada, axé, street dance, informática, violão, teclado, ballet e teatro." Silva conta, também, que a casa oferece reforço escolar.

Todas as oficinas são ministradas por profissionais que contam com o apoio da Lei Ponto de Cultura — aprovada para custear os projetos da casa. "Antes da lei os professores eram voluntários, mas agora são contratados", explica. No total, 25 pessoas trabalham na fundação.

Este ano, o Centro Cultural de Capoeira Abolição lançou o primeiro CD e fez reformas e aquisições para a sede social do grupo. O disco e as melhorias foram patrocinados pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura. "Foi um marco para nós, estamos muito felizes", comemora.

capoeira capoeira
Dificuldades
Para o mestre, o maior problema é manter o orçamento da casa. "É cobrada uma taxa significativa de R$ 8, mas não posso obrigar ninguém a pagar." Silva esclarece que recebe da Lei Ponto de Cultura uma ajuda anual de R$ 60 mil, durante três anos, mas esse dinheiro é só para bancar os projetos. "As despesas com água, luz, telefone e internet não estão incluídas." Os interessados em ajudar o Centro Cultural podem entrar em contato pelo telefone (32) 3223-3721. A fundação aceita qualquer tipo de doação. "No momento, estamos necessitando de materiais escolares."
Projetos

Para o futuro, Silva pretende buscar parcerias de empresas privadas e públicas, além de apoio para os projetos culturais. Todas as atividades são abertas ao público. Os moradores do bairro ou de outras regiões do entorno podem participar. Os interessados devem ir até ao local e fazer a matrícula, gratuitamente. O horário de funcionamento é das 8h às 11h e das 13h às 22h.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken