Triatleta juiz-forano tem maior desafio da carreira em 2012 Ano será de preparação para o Meio Ironman de Pirassununga, com 21km de corrida, 90km de bicicleta e 1.900 metros de natação

Victor Machado
*Colaboração
17/1/2012
Foto do atleta

Jovem triatleta juiz-forano, Alan Goretti, inicia o ano de 2012 focado na preparação para o Meio Ironman de Pirassununga, maior evento de meio ironman do Brasil. A prova é considerada por ele o grande desafio de sua carreira, desde que teve o primeiro contato com o triathlon em 2009.

Incentivado pelo também triatleta, Lucas Leite, Goretti conheceu a modalidade em 2009. "Sempre gostei de praticar esportes. Quando conheci o Lucas, tive um incentivo muito grande para começar. Fui em uma prova em Mangaratiba. Desde então, nunca mais larguei o triathlon", conta o atleta.

A primeira prova de triathlon realizada por ele foi em Teresópolis. Antes disso, Goretti já havia participado do Duathlon Thiago Machado em Juiz de Fora. Ele tem como especialidade a prática do triathlon country, com natação em represas, mountain bike e corridas em trilha. "Cheguei a participar do convencional em Sete Lagoas e não tenho vontade de participar novamente. O country é mais atraente e tem um visual melhor."

Na modalidade, Goretti já foi primeiro colocado no XTerra em Juiz de Fora, segundo em Mangaratiba e terceiro colocado em Teresópolis, em 2011. Entre os principais resultados na carreira, está o título da Copa Thiago Machado em dezembro de 2010. "Hoje tenho 22 anos e os resultados estão aparecendo. É meio atípico uma pessoa com a minha idade participar desse tipo de evento, tanto que a minha modalidade tem poucos praticantes."

Em 2012, o principal desafio é completar os 90 km de mountain bike, os 21 km de corrida em trilhas e os 1.900 metros de natação do Meio Iroman em Pirassununga. O percurso é exatamente a metade do famoso estilo ironman. "Meu treino, este ano, é focado nessa prova. Obviamente, vou participar de outras corridas para não perder o ritmo e conhecer lugares e eventos diferentes."

Preparação

A longa distância que deve ser percorrida faz com que o atleta tenha que intensificar os treinamentos. No entanto, ele comenta que não faz simulações de prova como preparação. "O treino deve ser forte e é preciso uma boa bagagem. Tento fazer as mesmas distâncias, mas não treino as modalidades no mesmo dia. Esse treinamento é mais para poder acostumar à longa distância. As informações que temos é de que a prova é coisa de outro mundo, com diferentes situações e momentos em que a pessoa quer desistir. É uma superação." Goretti afirma que o ponto fraco é a natação. "Nunca fui forte em natação e treino mais para sobreviver. Tento sair bem da água e sem estar cansado para não comprometer o resto da prova."

Foto do atleta Foto do atleta
Rotina

A rotina de treinamento do atleta divide espaço com a vida profissional. Para conseguir treinar diariamente, Goretti passa por uma verdadeira maratona. Como trabalha entre 8h e 17h, parte dos treinamentos é realizada das 17h às 19h. Logo depois, o atleta segue para a faculdade. "Para praticar o esporte, é preciso sacrificar um pouco. É uma vida sem descanso, praticamente. Há dias em que preciso treinar pela manhã, a partir das 6h."

Apesar da rotina desgastante, o atleta afirma que o prazer da superação dos limites é maior que as dificuldades. "Um de meus maiores espelhos é o Lucas Leite, por causa dos resultados e da forma como ele age. Aprendi que não precisa ser bitolado pelo esporte e que é fundamental força de vontade e perseverança." Segundo o atleta, o triathlon foi o esporte ao qual ele mais se adaptou e que se tornou fundamental para a vida. "Comecei praticando por causa de saúde. Como o resultado apareceu, o esporte deixou de ser um hobby para ser uma disputa."

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

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