Um ano ap?s o auge da crise econ?mica, comerciantes juizforanos esperam incremento de até 30% nas vendas de fim de ano

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Quinta-feira, 3 de dezembro de 2009, atualizada às 19h53

Um ano após o auge da crise econômica, comerciantes juizforanos esperam incremento de até 30% nas vendas de fim de ano

Melissa Ribeiro
Repórter

O Natal deste ano promete superar o de 2008 em vendas. A expectativa dos lojistas é a de que haja um crescimento de 30% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2008, a expectativa era de incremento de 10% nas vendas em relação à 2007. Depois de um ano fraco na atividade econômica, em função da crise mundial, especialistas apostam na retomada do crescimento econômico.

O economista Lourival Batista explica que no ano passado os consumidores foram surpreendidos pela crise. "As pessoas entraram no último semestre preocupadas com seus empregos e tiveram um comportamento mais seguro, e isso, de certa forma, contribuiu para que a atividade econômica caísse."

Para Batista, 2009 apresenta um cenário bem diferente. "As pessoas estão se sentindo mais estáveis, mais seguras em relação a seu futuro. A expectativa é a de que o consumidor tenha um comportamento mais tranquilo na hora de se comprometer com dívidas e com as compras de final de ano, tentando recuperar a situação de desânimo do ano passado."

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio), Emerson Beloti, cada consumidor deve gastar, em média, R$ 200 em compras neste Natal. Ele afirma que os comerciantes estão se preparando de forma mais otimista. "Os lojistas, de forma geral, estão alimentando seus estoques para o fim de ano, situação que não aconteceu no ano passado." O proprietário de uma loja de calçados, Odoni Turolla, confirma que cenário é positivo. "No ano passado os lojistas estavam com medo de estocar e não conseguir vender. Esse ano muitas fábricas não estão conseguindo entregar as mercadorias em função do acúmulo de pedidos."

Esperando crescimento de 20% nas vendas nesse fim de ano, o dono de uma loja de presentes da cidade, Luiz Fernando Souza Fabre, afirma ter dobrado o estoque e aumentados em 40% o quadro de funcionários, entre vendedores e estoquistas. "Para fisgar os clientes vamos investir em produtos diferenciados e oferecer mercadorias de grande competitividade no mercado a preços atraentes."

Este é o mesmo conselho de Turolla. "Os consumidores estão mais preocupados com a qualidade dos produtos, com o preço e com as condições de pagamento. Cada setor tem uma estratégia para atrair o consumidor, mas, em geral, o segredo está na variedade de produtos oferecidos e, principalmente, no preço." Para o comerciante, a extensão do horário do comércio neste fim de ano e a injeção do 13º salário vão provocar um aumento generalizado nas vendas.

O economista Lourival Batista pondera que a perspectiva é de crescimento e de otimismo, mas vem acompanhada de certa precaução. "As pessoas estão saindo de uma crise agora e querendo, pelo menos em parte, recuperar o tempo perdido".

Os textos são revisados por Madalena Fernandes