Jorge Júnior Matheus Brum 21/12/2015

Reflexões, reflexões....

esporteNa manhã desta segunda feira, 21 de dezembro, nenhuma notícia, além da prisão do Cunha, podia ser melhor do que o afastamento do futebol de Joseph Blatter e Michel Platini por um período de oito anos. Isso abre brecha para um novo período na FIFA. Desde os tempos sombrios de João Havelange, a entidade máxima do futebol tem negociações nebulosas e obscuras, variando de apoio a ditaduras, a corrupção e superfaturamentos em obras para Copa do Mundo.

A partir de agora, uma nova era precisa se instaurada no futebol mundial. O espaço para falcatrua e corruptos precisa acabar. Usar a grande paixão do planeta para benefícios pessoais é uma das atitudes mais sujas que nossos cartolas podem ter.v

Infelizmente, esse modelo presente na Suíça, se espalhou pelo mundo, e se encontra muito fortalecido nas Américas, principalmente no Brasil. Nos últimos três anos, a CBF já teve três presidentes: Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero. O primeiro está escondido, o segundo preso, e o terceiro licenciado do comando máximo do esporte bretão, sem poder sair do país, correndo o risco de ir para o xilindró.

Essa junção, junto com a política de coronelismo presente na administração dos clubes brasileiros, nos deixa cada vez mais atrás dos europeus. Os recentes fracassos em Copas do Mundo e vexames nos Mundiais de Clubes, precisam ser usados como inspiração para uma melhoria profunda do nosso futebol. Contudo, ao invés disso acontecer, só rolam manobras e mais manobras para a trupe se perpetuar no poder. A mais recente delas, a eleição do Coronel Nunes para a vice-presidência da CBF. Caso del Nero renuncie, o dirigente da possante Federação Paraense, assume o comando da nossa maior paixão.

E para completar o circo de horrores, nossa legislação não permite que as provas do FBI sejam usadas para julgar os cartolas, que estão nominalmente citados nos processos que investigam. A CPI do Futebol, comandada por Romário, ainda não produziu resultados satisfatórios. E, provavelmente, não deve conduzir nada, muito por causa da Bancada da Bola.

Com 2015 chegando ao final é o momento de fazer essas reflexões. É necessário saber o passado para entender o presente e conjecturar o futuro. Os próximos capítulos dessa novela ainda não estão escritos. Porém, em algumas partes do mundo, podemos ter a centelha de esperança de que finais felizes possam acontecer.



Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras", estagiário da Rádio CBN Juiz de Fora e editor e apresentador do programa Mosaico é nascido e criado em Juiz de Fora.

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