Redução de IPI deve trazer benefícios aos consumidores e estimular as vendas no final de ano
Repórter
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na última quarta-feira, 25 de novembro, a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis de madeira, aço e plástico e placas de madeira. A medida deve prosseguir até o dia 31 de março do próximo ano. Além disso, foi divulgada a prorrogação para até 30 de junho de 2010 da redução das alíquotas do IPI para materiais de construção. Também nesta semana, o governo anunciou a prorrogação da redução do imposto para os carros flex.
Segundo o economista Lourival Batista de Oliveira Júnior, as medidas adotadas pelo ministério visam a estimular a atividade econômica no país. "Com as alíquotas reduzidas, ocorre perda de receita, mas com o alavancar das vendas, ainda que com menos impostos entrando, existe uma recuperação nas chamadas vendas adicionais." Para ele, o processo de redução de IPI também é questionável. "Quando este estímulo é criado sobre setores que não são capazes de responder à procura, é gerado um risco ao consumidor."
O economista ressalta que o maior impacto causado em Juiz de Fora com a redução do IPI dos setores como construção civil, automobilístico e moveleiro é o benefício ao consumidor. Conforme Lourival, a previsão é de que o movimento no polo moveleiro da cidade de Ubá seja dinamizado.
Lourival faz ressalvas, ainda, à época em que a redução ocorre. "O último trimestre do ano é tradicionalmente um período em que o consumo aumenta. Assim, seria interessante implementar a redução no primeiro semestre, quando as vendas não são tão significativas."
Para o economista, a medida deve ser vista com cautela porque pode caracterizar comportamento típico de períodos pré-eleitorais. Contudo, ele destaca o estímulo à ampliação da capacidade de produção das indústrias, como é o caso das montadoras de veículos, consideradas carros-chefes da economia.
Analisando a redução do IPI destinada à construção civil, Lourival destaca o estímulo que vem como resposta ao déficit habitacional. "A medida acaba por movimentar vários setores da economia, já que o volume de empregos gerados pela construção civil é grande, além de haver melhoria da condição de vida das pessoas."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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