Da corrida da Fogueira para o projeto de representar JF no exterior
Colabora??o:
*Renata Silva
21/12/04
Andril?ia do Carmo de Souza ? a prova viva de que esporte n?o tem idade. Nascida em 28
de fevereiro de 1968, ela s? foi descobrir sua paix?o
pela corrida aos 31 anos. "Nunca havia praticado nenhum esporte,
at? que resolvi me inscrever na Corrida da Fogueira", conta. Depois disso,
a auxiliar de servi?os gerais pensou: "n?o vou correr nunca mais!". Afinal,
ela fez um percurso de 10 km, sem qualquer preparo f?sico ou
treinamento adequado. Passado o trauma da estr?ia, Andril?ia foi incentivada por amigos e familiares para praticar o esporte. "Na verdade, eu fazia muita bagun?a, n?o tinha disciplina na minha vida e esta foi uma forma que encontrei para conseguir isso", afirma.
O primeiro passo foi procurar um preparador, fazer exames de sa?de, para realizar treinos mais frequentes. O que ningu?m sabia era que ela n?o estava a passeio!
Em apenas cinco anos de trajet?ria, Andril?ia conquistou boas posi?es em importantes disputas no pa?s, como a da Mooca (SP), onde levou o 2? lugar geral, Curitiba (PR) - 5? lugar geral, Rio de Janeiro - 17? R?stica dos Fuzileiros Navais - 4? lugar, Itaperuna (RJ), 3? lugar, Petr?polis (RJ) - Media Cor - 1? lugar, Nova Friburgo (RJ) - Festa dos Corredores - 1? lugar.
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Em Juiz de Fora, h? muito tempo o p?dium n?o ? ocupado por outra pessoa. Em corridas, como Panalton da Sa?de, Academia de Com?rcio, Associa??o dos Cegos, Barbosa Lage - e como n?o poderia deixar de ser - a tradicional Corrida da Fogueira, s? d? Andril?ia! Sempre em 1? lugar.
F?lego de campe?
Atualmente, a atleta conta com a orienta??o do m?dico Henrique
Vianna, considerado por ela o melhor treinador do Brasil e um dos
melhores do mundo. Como o m?dico mora em Petr?polis, as fichas com os exerc?cios s?o enviadas
por e-mail, ou ent?o, passadas por telefone. "No momento, reservo um dia
para correr 18km, outro para treinar o tiro de 400m e o outro de 500", revela
sem des?nimo.
Para os que querem dar uma espiadinha na sua performance, a corredora conta que gosta de treinar na Avenida Brasil e na Universidade. "N?o tem lugar melhor", garante.
Correndo dos obst?culos
Andril?ia convive com um problema de muitos atletas brasileiros:
a falta de patroc?nio. Ela recebe apoio de quatro empresas da
cidade*, mas a ajuda n?o ? suficiente para que se dedique exclusivamente
aos treinos. "Ainda trabalho como auxiliar de servi?os gerais para pagar as
minhas contas", diz.
Mesmo com as dificuldades, ela ? not?cia nos principais jornais locais e tem como inspira??o a colega Viviany Anderson. "No in?cio, me espelhava nela e agora corremos juntas", atesta.
O prazer de vencer
O que ela pensa na hora da vit?ria? "Quando ven?o n?o acredito que venci",
conta sorrindo. "Nos 42 km da Maratona de Curitiba, n?o acreditei quando vi
que cheguei bem, inteira, e em 5? lugar geral".
Seu grande sonho ? vencer a Maratona de S?o Paulo. Para 2005, ela planeja um bom desempenho nesta competi??o e se tudo correr bem, ela concorrer? internacionalmente.
Andril?ia indica a corrida para todos os que querem se exercitar e d? alguns conselhos: procure um m?dico para fazer um check up, um treinador experiente e traga no cora??o muita emo??o.
Quando ela pensa em parar? Quero correr profissionalmente at? os 45 anos, depois vou praticar como passatempo, at? os 100, se Deus quiser!
* A atleta ? patrocinada por Clamp, Tradmed, Academia Nectonus e
Supermercado Carioca.
Renata Silva ? estudante do 7? per?odo da Faculdade de Comunica??o da UFJF.