A importância do fortalecimento abdominal
Todo mundo faz exercícios abdominais, algumas pessoas “por obrigação”, mas grande parte das pessoas não sabe a importância que o fortalecimento desses músculos tem para o nosso corpo.
Os músculos abdominais têm camadas mais profundas e mais superficiais, englobando: músculo transverso do abdominal, músculo oblíquo interno, músculo oblíquo externo e o músculo reto abdominal.
Juntamente com a musculatura lombar eles formam o “cinturão pélvico”, com grande importância na estabilização da zona lombar e no controle do posicionamento do tronco no espaço. Abaixo, o cinturão pélvico, também chamado de “power house” (casa de força) ou de “core”, que deve ser sempre muito fortalecido:
Os músculos abdominais possuem primordialmente a função de proteger os órgãos internos da cavidade abdominal. Além disso, têm o papel de estabilizar a coluna para prevenir lesões musculares e discais (afinal, utilizamos a coluna o dia todo, em todas as atividades que vamos realizar). A rotação do tronco é outra função dos músculos abdominais, sendo importante tanto nas atividades de vida diária quando na prática de esportes.
Uma musculatura abdominal forte impede que ocorra também as hérnias intestinais, que é quando uma alça do intestino “vaza” pela parede do abdome, podendo levar a graves consequências se não tratada a tempo. Abaixo, os tipos mais comuns de hérnias intestinais:
Além disso, não podemos deixar de citar que uma musculatura abdominal forte permite movimentos mais coordenados e precisos de membros inferiores! Por esta razão, simplesmente fortalecer as pernas sem fortalecer a musculatura abdominal pode resultar em diversas compensações com a coluna, gerando lesões graves, como por exemplo a hérnia de disco.
Outra importância de abdominais fortes é para a gravidez, na prevenção de diástase abdominal. A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo que geralmente acontece durante a gravidez, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor lombar no pós-parto.
Gestantes que fazem Pilates tem menor chance de sofrer de diástase abdominal no pós-parto!
O recomendado de maneira geral pelos especialistas é para se fazer exercícios abdominais, entre 2 e 3 sessões por semana, sempre guardando no mínimo 48 horas de intervalo entre elas. O ideal e mais indicado é ter um profissional que possa adequar melhor os exercícios para cada caso. Respeitar a individualidade das pessoas é fundamental para prevenir lesões. Nem todo exercício feito por uma pessoa é o melhor para a outra: existem diversas posições para se trabalhar a mesma musculatura! Temos que escolher o melhor para cada um, evitando generalizações.
Pessoas com problema de mobilidade de coluna podem optar por exercícios isométricos, como por exemplo, as pranchas. Já em indivíduos que não apresentam nenhum tipo de limitação podemos utilizar exercícios mais comuns como flexão frontal, lateral e torção de tronco com uso de peso corporal ou implementos, por exemplo. A prescrição de exercícios é individual!
O método pilates é um dos mais indicados para fortalecimento do “power house” (cinturão pélvico). Afinal, a centralização (que é utilizar o abdome como centro da força) é um dos princípios básicos criados por Joseph Pilates, inventor do método. Segundo ele, “a força de TODOS os movimentos parte do CENTRO”. Por isso que o abdome é a “casa de força” (power house) do nosso corpo. As paredes laterais e frontais são formadas pela musculatura abdominal ilustrada acima, a parede posterior é a musculatura lombar, o assoalho é constituído pela musculatura do períneo e o teto é o diafragma.
Obrigada pela leitura e até a próxima! Pedidos de temas pelo e-mail amanda.beloti@yahoo.com.br
Um abraço!
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