Terça-feira, 26 de maio de 2009, atualizada às 19h

Médicos decidem em assembleia se aceitam contraproposta da PJF

Guilherme Arêas
Repórter

Nesta quarta-feira, 27 de maio, os médicos da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (PJF) se reúnem em assembleia para discutir a contraproposta apresentada pela administração municipal. O presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão, não quis adiantar o conteúdo da negociação, nem o posicionamento do sindicato. Os profissionais iniciaram nesta terça-feira, 26, uma paralisação de três dias. Mesmo com a ameaça de corte de ponto a categoria aposta na interrupção das atividades para obter reajuste e equiparação salarial.

No final do dia a Prefeitura divulgou o balanço do movimento. Apenas um dentista faltou ao trabalho em uma das 15 Unidades Básicas de Saúde que fazem atendimento odontológico. Entre os profissionais da área médica, 40% aderiram à paralisação nas UBSs. No Departamento de Saúde de Criança e do Adolescente, 28% dos médicos pararam. O Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Geraldo Teixeira (HPS), Pam Marechal, Pronto Atendimento Infantil, a Policlínica de Benfica e a Regional Leste funcionaram normalmente.

Odontólogos podem decidir pela greve

Na noite desta terça-feira, 26 de maio, os odontólogos da Prefeitura realizam uma assembleia para votar pela greve da categoria. O presidente do sindicato, Ricardo Werneck, sinaliza para a possibilidade de os trabalhadores optarem pelo início do movimento. O principal motivo, segundo ele, é a recusa da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) em abrir as negociações com a categoria, alegando que os odontólogos são representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu), que já encerrou as negociações salariais.

O secretário de Administração e Recursos Humanos, Vitor Valverde, disse que não recebeu qualquer reivindicação dos odontólogos. Ele garantiu que o Sinserpu é o órgão responsável pelas negociações salariais da categoria. Assim, novas conversações serão retomadas apenas no ano que vem.

Além da greve, a negativa da Prefeitura pode gerar uma ação judicial por parte dos odontólogos. "Em primeiro lugar, vamos mover a ação para que a Prefeitura abra o canal de negociação. Se ela não fizer isso, nós entramos na Justiça para resolver a nossa pauta de reivindicações", explica Ricardo.

Caso a greve não seja aprovada, ainda há a possibilidade de a categoria paralisar as atividades na quarta e quinta-feira, dias 27 e 28 de maio, acompanhando o movimento do Sindicato dos Médicos. Na pauta das reivindicações, os odontólogos pedem aumento de 25% no salário base, que atualmente é de três mínimos, e melhorias nas condições de trabalho.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes