Ginástica laboral traz benefícios para trabalhadores e empresasPara obter resultado, a ginástica deve ser praticada, pelo menos, uma vez por dia durante um período de 10 a 15 minutos
*Colaboração
23/3/2011
Melhorar o rendimento dos funcionários, diminuir o número de afastamentos, criar um ambiente mais saudável são aspectos que devem estar refletidos diretamente no dia a dia de uma empresa. E é com essa intenção que os empreendimentos têm implantado a ginástica laboral como prática dos trabalhadores.
Uma atividade física realizada dentro do ambiente da própria empresa, durante um período de 10 a 15 minutos, a ginástica laboral pode trazer benefícios para a saúde dos trabalhadores e das empresas.
Segundo a professora de educação física, Débora Nascimento Lessa, a atividade é baseada em exercícios de alongamento, coordenação motora e trabalhos de força, mas sem a utilização de peso. "O peso do próprio corpo é utilizado nesses exercícios. Não é para criar uma musculatura mais forte e, sim, para manter uma postura melhor", explica. Débora explica que, normalmente, os exercícios são realizados como preparação para o trabalho.
Débora afirma que só há restrição para a prática da ginástica, quando existe uma contraindicação do médico. "No entanto, como se trata de um ambiente de trabalho, caso o funcionário esteja debilitado, ele não estará trabalhando. Mesmo assim, é importante que um médico dê o diagnóstico da pessoa". O acompanhamento de um médico é necessário para que o profissional de educação física possa criar adaptações nos exercícios de determinadas pessoas. "Uma mulher grávida tem que fazer exercícios diferenciados. Tudo é adaptado de acordo com a necessidade", comenta.
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A ginástica laboral deve ser praticada pelo menos uma vez por dia. De acordo com a professora, existem empresas que fazem duas ou três etapas por dia.
Benefícios
Entre os benefícios de todas essas atividades estão uma melhor preparação física do trabalhador, menos dores musculares, ambiente trabalho mais saudável e melhorias no relacionamento de grupo. "A proposta da ginástica é essa. Isso acaba refletindo no rendimento da empresa. É uma prática saudável para os dois lados", afirma Débora. A prática pode reduzir o número de doenças ocupacionais e de lesões por esforço repetitivo. A professora acrescenta que os benefícios não se restringem à parte física. Segundo Débora, a ginástica laboral pode diminuir o estresse, aumentar a concentração, motivação e moral dos trabalhadores.
Queda nos números de acidentes de trabalho, afastamentos e problemas de relacionamento são os resultados obtidos pela empresa, de acordo com Débora. "O importante é perceber que todas as melhorias são refletidas para o empresário. Portanto, são minutos que podem melhorar a produção", opina.
Resultados
Apesar de todos os benefícios, Débora explica que os resultados da ginástica laboral não são instantâneos. Segundo ela, o alívio das dores pode ser sentido mais rapidamente. "O resultado na empresa é um pouco mais demorado, mas é preciso paciência. Assim como qualquer atividade física, os resultados não são imediatos".
Para a gerente de pessoas de uma empresa de ônibus, que implantou a prática da ginástica há três anos, Marly Lopes Oliveira, os resultados percebidos não são numéricos. "Podemos perceber os funcionários mais alegres, trabalhando melhor e um ambiente mais saudável. Não é uma prática para render uma produção cada vez maior, mas para evitar problemas e criar vínculos e momentos de felicidade na empresa", comenta.
Marly explica que a intenção da empresa, quando implantou a prática, era proporcionar aos funcionários um melhor preparo para executar o trabalho. "Começamos com os trabalhadores da área de manutenção, devido ao esforço físico constante. Hoje podemos perceber mais facilidade para execução das tarefas, mais mobilidade e menos problemas de saúde", afirma.
Hoje em dia a empresa já disponibiliza a prática de ginástica laboral para funcionários de outras áreas da empresa, mas voluntariamente, para que não se torne cansativa e desgastante para os funcionários que preferem não praticar.
*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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