Quinta-feira, 31 de maio de 2012, atualizada às 15h27

Dia Mundial sem Tabaco é celebrado com orientações sobre os benefícios da vida sem cigarro

Nathália Carvalho
*Colaboração
Dia Mundial sem Tabaco

O Dia Mundial sem Tabaco é celebrado nesta quinta-feira, 31 de maio, e, em Juiz de Fora, os profissionais do Serviço de Controle, Prevenção e Tratamento do Tabagismo (Secoptt) da Secretaria de Saúde disponibilizam orientações e cartilhas sobre o assunto no PAM Marechal, Centro. A ação acontece durante todo o dia e faz parte da campanha organizada pelo Ministério da Saúde (MS), Fumar: faz mal para você, faz mal para o planeta.

"Estamos esclarecendo para as pessoas quais as formas de parar de fumar e como essa prática acarreta em malefícios para a saúde delas e do nosso planeta. Além disso, lembramos que existe tabaco também no charuto, narguilé e rapé, que fazem mal do mesmo jeito", explica a coordenadora do programa, Deborah Cristina Correia.

Tratamentos

O tratamento gratuito oferecido pela cidade atualmente é por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em uma parceria entre o MS e o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Durante o processo, os fumantes participam de reuniões semanais. "O tratamento pode ser individual ou em grupo. Cuidamos da dependência química, comportamental e psicológica dos pacientes. Oferecemos ainda apoio para a síndrome de abstinência que alguns sofrem quando param de fumar", explica Deborah.

Quem estiver interessado em procurar ajuda, deve se dirigir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. "Temos 26 unidades na cidade, oferecendo esse tipo de atendimento. Quem mora em um local onde não tem uma UBS próxima, deve procurar o PAM Marechal. Já quem está perto de uma UBS que oferece atendimento, deve pedir informações sobre como proceder no local."

Antônio Gonçalves, de 55 anos, procurou ajuda nesta quinta-feira para tenta encerrar um hábito de quase 40 anos. "Tenho me sentido fraco, cansado e, às vezes, sinto tremores, com certeza por causa do cigarro. Preciso parar de fumar, mas não consigo sozinho." Ele explica que já tentou outras vezes, mas o máximo que conseguiu foram dois dias sem o cigarro. "O vício age como se fosse uma válvula de escape. É difícil. Mas vou procurar o SUS porque quero parar de vez."

De acordo com Deborah, em 2011, cerca de 930 pessoas procuraram o atendimento na cidade. Desse total, aproximadamente 750 concluíram o tratamento e 580 conseguiram parar de fumar. Para esse ano, a expectativa é que os números cresçam. "Com o aumento do preço do maço de cigarros, esperamos que mais pessoas parem de fumar e venham procurar ajuda. Pesquisas demonstram que o aumento do valor influencia na mudança de hábito."

Preocupação ambiental

O tema da campanha deste ano destaca os danos ao planeta e o impacto ambiental que a indústria tabagista acarreta, desde sua produção até o descarte. "Devemos nos preocupar com a saúde pública e com o sistema ambiental do planeta, grande prejudicado pelo tabaco. O cigarro interfere ainda na qualidade de locais de uso comum, como ambiente de trabalho e de lazer."

A questão é preocupante desde as madeiras que são utilizadas como combustível, o desmatamento para o plantio do tabaco, o tempo de decomposição dos filtros (5 anos) até a poluição do ar. Segundo dados do MS, 25% dos incêndios rurais e urbanos são relacionados a pontas de cigarro, sendo elas também o item mais coletado como lixo nas praias.

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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