Energia fotovoltaica
Devido à sua localização geográfica, o Brasil apresenta um alto potencial solar. No período das secas, de setembro a novembro, a geração hídrica é menor, por outro lado, o sol brilha intensamente, favorecendo a geração de energia solar. Assim, rico em recursos naturais e com todas as vantagens ambientais do sistema, a geração da própria energia tem sido a alternativa da vez para fugir das elevadas tarifas energéticas e para minimizar os danos causados à atmosfera com a emissão de CO². Dados recentemente divulgados pelo Portal Solar apontam as regiões Sul e Sudeste como líderes na procura por cotações para instalações de sistemas fotovoltaicos. A pesquisa, realizada com o auxílio da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), e divulgada em fevereiro de 2016, levou em conta o interesse de 9.000 consultas de orçamentos realizadas ao longo dos últimos cinco meses no site. Santa Catarina ocupa a 6ª posição, sendo responsável por 3,7% das cotações solicitadas. Hoje é possível sentir um aumento significativo no interesse pela geração da própria energia, principalmente na instalação de placas em obras residenciais, e em micro e pequenas empresas, o que aponta para uma nova consciência social, bem como para um crescente avanço do setor. No ano passado, um empresário do Vale do Itajaí investiu R$ 120 mil na instalação de placas fotovoltaicas e passou a produzir parte da própria energia. Em pouco tempo a diferença foi sentida no bolso. Mesmo com o aumento da tarifa, a redução na conta de luz foi de R$ 724,81 no mês de janeiro, em relação ao mesmo período em 2015. Os incentivos também vão ajudar a alternativa ser mais acessível ao consumidor. Em dezembro de 2015, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, assinou uma portaria criando o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) para incentivar a geração de energia a partir de placas solares dentro das unidades consumidoras, permitindo o compartilhamento com o sistema das distribuidoras de energia. O governo prevê um potencial de investimentos de R$ 100 bilhões nessas tecnologias e que 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão aderir ao programa até 2030. O Governo de Santa Catarina ainda precisa aderir ao Programa do Conselho Nacional de Política Fazendária, o CONFAZ, que visa a isenção do ICMS para os créditos da geração fotovoltaica, onde 15 estados já aderiram. A adesão catarinense, e demais estados, é fundamental para o avanço da micro e minigeração de energia no país.
Ruy Carlos Tiedje,
Engenheiro
Esclarecimento
Embora exista uma revolta popular e clamor por justiça diante dos fatos que ocorreram no Centro de Desenvolvimento Infantil Cachinhos de Ouro, cabe a cada veículo de comunicação decidir pela publicação ou não de nomes e fotos dos envolvidos. Evidentemente que as leis brasileiras preservam o direito ao anonimato tanto da vítima quanto do suspeito (até a conclusão do inquérito policial e decisão da Justiça, trata-se sempre de um suspeito), sendo a imprensa passível de interpelação judicial quanto opta por estampar em seus veículos de comunicação nomes e imagens. Neste caso, de grande repercussão e comoção local, regional e estadual, a redação do Jornal Metas decidiu que nomes não seriam divulgados. Ciente das críticas que adviriam de tal decisão, principalmente com relação ao suspeito, achou ser esse o melhor caminho porque nomes e fotos são indispensáveis para a compreensão dos fatos. Trata-se de uma posição pelo zelo ético, jamais censura ou proteção a qualquer suspeito de crime, muito mais quando se trata de um fato tão hediondo. Todavia, há de se destacar que o suspeito possui família, moradora de Gaspar, que poderá vir a sofrer retaliações e até humilhações pelo simples fato de ter o grau de parentesco.
Entendemos e respeitamos as críticas sofridas dos nossos leitores, mas também entendemos que o estigma da publicidade é tão devastador quanto o da agressão física sofrida, muitas vezes imputando a inocentes o pesado ônus da coautoria.
Alexandre Melo,
Coordenador de redação JM