Sábado, 30 de junho de 2012, atualizada às 12h20

Sinpro-JF afirma que vai denunciar escola que perseguir professor

Thiago Stephan
Repórter
Assembleia do Sinpro JF

O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) realizou, na manhã deste sábado, 30 de junho, assembleia na sede do Sindicato dos Bancários para analisar o resultado da negociação com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) sobre campanha salarial dos professores da rede particular. Em assembleia realizada no último dia 16, a categoria já havia autorizado os dirigentes do Sinpro-JF a fecharem acordo com o Sinep.

Mas, em nova rodada de negociação no dia 22, o sindicato patronal questionou a exigência da categoria de não descontar os salários dos professores em razão da greve de 24 horas realizada no dia 30 de maio. O Sinep quer que cada escola tenha autonomia para decidir se o dia será reposto ou se haverá desconto no salário.

"O sindicato patronal só não aceita este ponto. Quer que cada escola negocie da forma que desejar, seja com a reposição ou mesmo com o desconto", explica o coordenador-geral do Sinpro JF, Flávio Bitarello, acrescentando que, após consultar a categoria, observou que a grande maioria das escolas está negociando a reposição, mas haveria uma que pretendia descontar o salário dos professores. "Escola que fizer o desconto ou perseguir professores, nós vamos denunciar", disse, acrescentando que a greve de 24 horas cumpriu todas as exigências legais, sendo um direito do trabalhador previsto na Constituição.

Em relação aos outros dois pontos centrais da negociação, houve acordo. O reajuste salarial para a categoria será de 6,5%, índice retroativo ao período entre fevereiro e junho, o que representa ganho real de 0,87%. De julho em diante, os salários seriam reajustados em 7,14%, com o ganho real subindo para 1,51%. Sobre os 20% de ganho salarial para compensação em trabalhos extraclasse, ficou acertado que será criada uma comissão para discutir o tema a partir de agosto. Nova reunião com o Sinep está marcada para a terça-feira, 3, às 17h, quando o acordo deve ser concretizado.

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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