Quarta-feira, 8 de maio de 2013, atualizada às 19h15

Greve dos professores municipais recebe apoio da CUT-MG

Andréa Moreira
Repórter

A greve dos professores municipais ganhou o apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG). Na assembleia desta nesta terça-feira, 7 de maio, a presidente da organização, Beatriz Cerqueira, esteve presente para apresentar a posição da Central. "Estamos trazendo nosso apoio para esta greve, pois entendemos que ela é legítima. Além disso a situação da educação em Juiz de Fora é absurda, já que o prefeito insiste em não cumprir uma lei federal, que é a Lei nº 11.738/08, ou seja, a Lei do Piso."

A presidente da CUT informou ainda que estudos do Sindicato revelam que a administração municipal tem condições de pagar o piso nacional dos professores. "O município pode pagar um salário digno aos seus professores. E lembramos mais uma vez que a administração pública não pode escolher qual lei irá obdecer. Se é federal é para abranger todo o território nacional."

Durante a assembleia os professores decidiram manter a greve iniciada no dia 23 de abril. "Ainda estamos em negociação, pois a Prefeitura não nos apresentou nada de concreto. Já agendamos mais duas reuniões com lideranças municipais. Uma nesta quinta-feira (9), com o secretário de Educação e outra na sexta-feira (10), com a Mesa de Negociação da Prefeitura," explica a a coordenadora do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), Aparecida de Oliveira Pinto.

Manifestação

Após a assembleia, os professores realizaram mais uma passeata pelas ruas centrais da cidade. Com bandeiras e faixas, os docentes seguiram um caminhão de som, que exibia um vídeo cedido pelo Portal ACESSA.com, o qual foi gravado durante a campanha eleitoral de 2012. De acordo com a assessoria do Sinpro-JF, em três dias, o vídeo já teve mais de 27 mil acessos na página da rede social da categoria.

Mesa de negociações

A Prefeitura de Juiz de Fora divulgou uma nota na terça-feira, 7, afirmando que representantes da administração municipal entregaram aos dirigentes do Sinpro-JF ofício do Ministério da Educação que comprova que o município não se enquadra entre aqueles que poderiam receber recursos complementares para implementação da Lei do Piso do Magistério em 2013. Pois, somente podem receber a verba os entes governamentais que receberam complementação da União ao Fundeb em 2012. Os municípios de Minas Gerais não se encaixam neste quesito.
A nota afirma ainda que a Prefeitura já garantiu a implantação da ampliação de jornada extraclasse para 1/3, conforme determina a legislação, para o exercício de 2014. Até lá está sendo feito um planejamento para adequar o orçamento e o quadro de professores.
A assessoria da PJF, destaca que o último encontro, a mesa permanente de negociação discutiu outros pontos da pauta, que necessitam de novo estudo de impacto pela administração municipal.

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