Quinta-feira, 26 de setembro de 2013, atualizada às 17h50

Tupi está classificado para as quartas de final da Série D. Próximo jogo será no dia 2 de outubro

Lucas Soares
Repórter

A decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no início da tarde desta quinta-feira, 26 de setembro, classificou o Tupi para as quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série D. O fato envolvendo a entrada do massagista Esquerdinha, da Aparecidense-GO, para evitar o terceiro gol do Tupi, aos 44 minutos do segundo tempo, foi julgado pela segunda vez pelo Pleno do Tribunal e terminou com vitória da equipe juiz-forana de novo. O Carijó enfrenta agora o Mixto-MT, no dia 2 de outubro, em Cuiabá, e 6 em Juiz de Fora.

O julgamento, que estava previsto para começar às 16h, teve início bem antes, por volta de 12h40. O procurador-geral do STJD, Paulo Schimitt, aquele que o Tupi havia pedido afastamento do caso, foi o primeiro a falar. "Sustentamos o julgamento no (artigo) 243-A e em alternativa, que passa a ser impositiva, a exclusão da Aparecidense pela norma internacional do Código Disciplinar da Fifa, em seu artigo 69. Nunca se imaginou que um integrante de comissão técnica faria isso. A Procuradoria requer aplicação da norma internacional, o Código da Fifa, neste caso, por conta da lacuna no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD)", pontua.

Em seguida, o advogado da Aparecidense, João Bosco da Luz de Moraes, realizou a defesa de seu clube. "Ocorreu um fato inusitado. Embora autorizado a estar participando daquele evento, o massagista não estava autorizado a participar dentro das quatro linhas. A obrigação é punir o autor da infração, o massagista Romildo. A Aparecidense é uma vítima e não infratora. Discordamos da aplicação do Código Disciplinar da Fifa", afirma.

O advogado do árbitro foi breve e apenas pediu que fosse mantida a absolvição em primeira instância. Em seguida, foi a vez do advogado do Tupi, Mário Bittencourt. "Quero que se perguntem: e o Tupi? A partida só continuou por conta do fair play do Tupi. O que estamos decidindo é se o crime esportivo compensa. Se não punirmos a agremiaçtupião pela atitude do massagista, não poderemos, por exemplo, punir clubes com perda de mando de campo por conta de atos de seus torcedores", argumenta.

Por fim, o relator do processo, Ronaldo Piacente, deu a palavra final. "O clube deve responder pelo ato. Fatos afrontaram o fair play. Neste caso, (o artigo) 243-A não se aplica, pois daria uma nova possibilidade da Aparecidense se classificar. Estaríamos abrindo uma porta para que outras equipes cometam novamente o ato. Entendo pelo Código Disciplinar da Fifa, através do artigo 69, excluindo a Aparecidense". Outros quatro auditores acompanharam o relator e optaram pela exclusão do clube goiano e apenas um optou pela perda dos pontos. O presidente do Pleno do STJD, Flávio Zveiter, fez o anúncio e encerrou a pauta.

Torcedores comemoram em redes sociais

Nas redes sociais, a comemoração foi como um gol. O estudante Ramon Souza, 19, elogiou o advogado do Tupi e comemorou a decisão. "Justiça feita! Vamos subir, Galo!" dizia sua postagem. A torcedora Marcela Guimarães, 20, não perdeu a oportunidade de cutucar o antigo adversário do Tupi. "Galooooo! Chupa, Aparecidense" ficou escrito em seu mural. O jornalista Victor Machado, 23, foi outro a felicitar a conquista. "Tupi classificado na Série D!! Vitória no Tribunal!", dizia sua postagem.


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