Glaysson falha, travessão não ajuda, e Tupi é derrotado em São Januário

Matheus Brum
Colaboração*
23/05/2016 

Os "Deuses do Futebol" não estavam do lado do Tupi no último sábado, 21. O time de Juiz de Fora chegou a colocar o Vasco "na roda" em alguns momentos, colou duas bolas na trave, e ainda obrigou o goleiro Martin Silva a fazer grandes defesas. Mas, nada disso foi suficiente para evitar a derrota por 1 a 0 em São Januário.

O início de partida foi animador. Logo aos dois minutos, Jonathan Oliveira recebeu no bico direito da grande área e emendou um chutaço para grande defesa de Martin Silva. No rebote, a bola sobrou para Thiago Silvy na meia lua, que tentou o chute de primeira, mas foi bloqueado pela zaga vascaína. A bola sobrou para Filipe Alves, que de direita mandou a bola no travessão cruzmaltino.

Depois do lance, o jogo esfriou. Andrezinho saiu machucado, sendo substituído por Evander. Somente aos 21 minutos que o Vasco teve a primeira chegada importante no ataque. Thalles ganhou da zaga carijó na corrida e bateu forte. Glaysson defendeu de forma segura. Pena que essa segurança não continuou no outro lance de perigo dos mandantes.

Aos 37, Nenê levantou a bola na área e Glaysson saiu para tentar socá-la. Porém, antes do arqueiro carijó, Luan cabeceou, a pelota encobriu o camisa 1 e morreu no fundo do barbante. Festa para os pouco mais de 4 mil torcedores presentes em São Januário.

Mesmo com poucas chances, o primeiro tempo foi equilibrado. O Tupi abusava das faltas (29 ao longo do jogo), numa tentativa de parar a superioridade técnica do adversário. Por outro lado, o esquema 4-3-3 de Drubscky mostrava uma evolução em relação àquele que entrou em campo contra o Goiás. Os volantes (Filipe Alves, Jataí e Serrato) flutuavam de forma mais organizada, e os pontas (Silvy e Jonathan) conseguiam levar mais perigo à zaga vascaína (Foram 4 finalizações e 2 dribles certos, contra 2 finalizações e nenhum drible certo contra o Goiás, a estreia da Série B, segundo dados do Footstats).

Buscando um time mais incisivo na frente, Drubscky sacou Filipe Alves e colocou Henrique. Contudo, a mudança não surtiu efeito, e o cruzmaltino voltou melhor, com Nenê, Jorge Henrique e Thalles (foram 16 finalizações ao longo dos 90 minutos) incomodando a zaga formada pelo estreante Rodolfo Mol e Heitor. Só que o controle do jogo não significou bola na rede. Com o passar do tempo, o alvinegro de Santa Terezinha conseguiu equilibrar a partida, e quase conseguiu o gol de empate em um excelente chute de Marcos Serrato, aos 23, que parou de novo no travessão. Logo depois, Henrique recebeu bola na esquerda e de canhota mandou a bola no canto direito de Martin Silva, obrigando-o a uma grande defesa.

Porém, todo esforço carijó sofreu um baque aos 33 minutos, quando Jonathan Oliveira fez falta dura em Julio do Santos e acabou expulso. Com um a menos, Drubscky foi obrigado a mexer para recuperar equilíbrio numérico no meio de campo, colocando Gabriel Sacilotto no lugar de Giancarlo. A partir disso, o jogo ficou muito mais para o Vasco, que chegou duas vezes com perigo. A primeira com Thalles e a outra com Pikachu. Ambas as jogadas pararam em Glaysson, que se redimiu da falha no gol. Aos 43 minutos, Nenê tentou ser esperto e bater um escanteio na direita de forma rápida, aproveitando que o camisa 1 carijó estava perto da marca do pênalti arrumando posicionamento dos companheiro. A sorte do Tupi foi que ele conseguiu se recuperar a tempo, evitando um gol olímpico.

Ao final dos 90 minutos em São Januário dois tabus continuaram. O Vasco completou a 29ª partida sem perder e o Tupi segue sem vencer na Série B.

O Galo volta a campo nessa terça feira, contra o Paysandu, às 21h30 no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em partida que vai valer um troféu comemorativo em homenagem ao aniversário de 104 do clube.

Ficha Técnica

Vasco: Martín Silva; Yago Pikachu, Rodrigo, Luan e Julio Cesar (Henrique); Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Andrezinho (Evander) e Nenê; Jorge Henrique e Thalles; Técnico: Jorginho

Tupi: Glaysson; Filippe Formiga, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Rafael Jataí, Filipe Alves (Henrique) e Marcos Serrato; Jonathan, Thiago Silvy (Ygor) e Giancarlo (Gabriel Sacilotto); Técnico: Ricardo Drubscky

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento (AL), auxiliado por Pedro Jorge Santos de Araujo (AL) e Brigida Cirilo Ferreira (AL)

Público: 4.460 pagantes

Renda: R$ 147.035,00


*Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.

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